Clara a Rainha do Cuscuz Gourmet

CULTURECULINÁRIA

Márcio Moreira

9/27/20252 min read

Cuscuz Gourmet
Cuscuz Gourmet

Clara sempre foi apaixonada por cozinhar. Ela cresceu na zona ribeirinha de Caucaia CE, observando a mãe preparar comidas simples mas cheias de sabor para a família. Quando era mais nova, vendia cuscuz no colégio para ajudar nas despesas, ganhando uns trocados extras.

Mas, como muitos, ela foi afetada pela crise: ficou desempregada por causa da instabilidade econômica e aumento do custo de vida. Mesmo com diploma em outra área, ela se via presa, sem oportunidades, contas acumulando, e uma sensação de que tinha mais potencial, mas não sabia onde investir.

O ponto de virada

Numa noite, navegando pela internet, Clara viu um anúncio para uma “apostila de cuscuz gourmet” — com receitas diferenciadas, técnicas, embalagens e dicas de precificação. Embora tenha se sentido insegura no começo, viu um trecho que dizia “transforme cuscuz em lucro” e pensou: “É agora ou nunca”.

Ela investiu tudo o que podia — um valor modesto, mas significativo para ela — naquela apostila. Ela dedicou semanas estudando, testando receitas na cozinha barata que tinha. Foram muitos erros no início: cuscuz que grudava, quantidades erradas, vendas que não davam retorno. Mas aos poucos ela foi ajustando.

Construindo autoridade

Clara começou a postar fotos dos cuscuz gourmet que fazia no Instagram, mostrando versões doces, salgadas, combinações diferentes, embalagens bonitas. Começou oferecendo para vizinhos, amigos e familiares. Com cada venda, pedia feedback e usava pra melhorar. Poucos meses depois, já recebia pedidos para festas de aniversário, cafés da manhã especiais e encomendas mensais.

Para agregar valor, ela gravou pequenos vídeos mostrando como preparar certos recheios, embalagem e transporte. As pessoas começaram a enxergá-la não só como “quem vende cuscuz”, mas como “especialista em cuscuz gourmet”.

Transformação e impacto

Um ano depois, Clara não só quitou suas dívidas, como abriu uma pequena cozinha comercial. Ela contratou uma ajudante, fez parcerias com cafeterias locais e virou referência na região. Hoje, ela vende em média 300 unidades de cuscuz gourmet por mês, com lucro sustentável, e usa parte dos ganhos para patrocinar cursos para jovens na sua comunidade.

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